
A acessibilidade em Libras (Língua Brasileira de Sinais) foi um dos fatores determinantes para que a Diomara Dias escolhesse a Unoeste para fazer a sua pós-graduação à distância. A estudante, de 47 anos, é professora do ensino fundamental da rede estadual de Bauru, no interior de São Paulo, e tem deficiência auditiva. O Hugo está no site da instituição desde 2018, possibilitando que a comunidade surda acesse os cursos da universidade.
“Acredito que ações inclusivas como esta se tratam de um grande exemplo a ser seguido, tendo em vista que por várias vezes esbarrei em dificuldades de informações. Isso acontecia por não existir uma preocupação em atender a todos os usuários, deficientes ou não”, diz Diomara. A estudante ainda enfatizou como a Hand Talk é um ótimo serviço. “Como deficiente auditiva, acredito que esta iniciativa mereça mais divulgação. Realmente é eficaz no que se propõe”
A língua mais utilizada por pessoas surdas é a Libras, e 80% dessa população não compreende o português. Por isso, fazer um curso universitário muitas vezes é algo inviável para essa população. Isso acontece porque as aulas, mesmo em vídeo, são ministradas sem tradução para língua de sinais.
Com a implementação da Lei Brasileira de Inclusão, em 2016, a acessibilidade passou a ser ainda mais cobrada pelo MEC nas instituições de ensino brasileiras. Na Unoeste, a iniciativa de implementar o plugin partiu do NAI (Núcleo de Acessibilidade e Inclusão) da universidade, que pensa a acessibilidade dentro da instituição nos mais diversos quesitos. Alguns deles são o estrutural, pedagógico, atitudinal, comunicacional e dentre outros, tão importantes para o atendimento dos alunos com deficiência.
O mais legal de toda essa iniciativa foi que a universidade contou com especialistas para a validação da tradução do Hugo. O Eduardo Rizo, que é coordenador de Web da universidade, contou que o NAI fez vários testes com outras ferramentas. Depois disso, a equipe concluiu que a mais simples e eficaz de usar foi a Hand Talk, o que foi decisivo na hora da escolha.
A educação inclusiva é um passo muito importante para um mundo mais acessível. Iniciativas como a da Unoeste são muito legais, porque tornam o acesso ao conhecimento e aos estudos possíveis para uma parcela da população que antes não poderia fazer um curso universitário, ou avançar na aprendizagem, pelo simples fato de não haverem aulas e conteúdos na própria língua.
Pensar acessibilidade é algo que deve ser planejado por todo o time. E a Unoeste é um ótimo exemplo de como fazer isso! São vários quesitos, mas sabendo por onde começar, o caminho fica bem mais fácil. Se você tem dúvidas sobre esse assunto, baixe o nosso Ebook sobre Acessibilidade na Educação!