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Desmistificando 5 mitos sobre Acessibilidade na Web

Acessibilidade na web: tela de computador com a palavra "acessibilidade" escrita

A acessibilidade é um tema que interessa a muita gente, mas sofre uma resistência muito grande na hora de ser posto em prática. Mesmo no caso dos ambientes virtuais – que permitem o uso de tecnologias para simplificar o trabalho (como mostramos nesse post) –  falta muita informação sobre o assunto, e várias confusões são feitas. Separamos aqui os 5 principais mitos e equívocos sobre a acessibilidade na web, que achamos importante esclarecer. Dá uma olhada neles abaixo!

Mito I: “Acessibilidade na Web é só para deficientes visuais”

O que há por trás: Pessoas cegas ou com baixa visão são terrivelmente prejudicadas pela falta de acessibilidade na web, mas elas não são as únicas. Pessoas com deficiência auditiva, intelectual ou motora também precisam ser levadas em conta na hora de elaborar um site!

Medo oculto: “Imagina o trabalhão que vai dar, fazer acessibilidade para todo mundo!”

Realidade: Quando você trabalha a acessibilidade na web está atendendo simultaneamente a vários tipos de necessidades. Atender a três tipos de deficiências, como no exemplo, não significa trabalho triplicado. Como a gente falou no nosso Ebook de Acessibilidade para o Crescimento, o trabalho é um só e os ganhos são vários!

Tecnologias assistivas: Banner retangular, na horizontal, de fundo verde-água. No canto esquerdo, há uma mão saindo da tela de um computador, entregando um livro de capa verde-água com o símbolo de acessibilidade da ONU para outra mão, fora do computador. Ao lado da figura há o texto na cor branca "[Kit gratuito] Guia completo para tornar o seu website acessível. No canto direito do banner há um botão retangular e laranja com a chamada "BAIXE O KIT GRÁTIS" escrita em branco. Fim da descrição.

Mito II: “O número de usuários beneficiados com a acessibilidade é relativamente muito pequeno.”

O que há por trás: Talvez a maioria das pessoas que você conhece não tenham alguma deficiência, mas isso não quer dizer que são poucas as pessoas com deficiência. Quantos tailandeses você conhece? Dá para concluir quantos tailandeses usam a internet a partir disso? Nossa visão da realidade é sempre distorcida, porque tendemos a nos aproximar somente daquilo que nos é semelhante.

Medo oculto: “Esse negócio de acessibilidade é muito investimento para pouco retorno.”

Realidade: Quando você torna o seu site acessível, além de atingir os usuários da internet que não podiam consumir seu conteúdo devido às barreiras à acessibilidade, você também está criando condições para que novas pessoas se animem a usar a internet. Ou seja, você está ampliando seu mercado!

Mito III: “Fazer um site acessível demora e custa caro.”

O que há por trás: Geralmente, afirmações como esta são feitas sem avaliação prévia. Só é possível saber se o tempo e o custo do projeto são adequados se considerarmos os benefícios que ele traz.

Medo oculto: “Será que não vou empregar mal meus recursos se gastar com acessibilidade? Não vou ficar no prejuízo?”

Realidade: Quebrar todas as escadas de um prédio para colocar rampas no lugar pode ser custoso e demorado, mas vai permitir o acesso por muito mais pessoas. Porém, se todos os requisitos de acessibilidade, incluindo as rampas, forem pensados no início do projeto do prédio, o custo e o tempo de construção serão bem menores (como a gente já falou antes). O mesmo vale para os sites. As adaptações requerem trabalho, mas o resultado vale a pena. E quando se trata de um projeto novo , o custo adicional geralmente não existe.

Mito IV: “É melhor fazer uma página especial para as pessoas com deficiência”

O que há por trás: Isto é melhor para quem? Os webdesigners terão trabalho dobrado para criar e manter duas páginas. As pessoas com deficiência pode ser prejudicadas, pois o que acaba acontecendo é que a página delas fica desatualizada. Quem ganha com isso?

Medo oculto: “A gente não vai conseguir fazer uma página acessível que seja tão bonita e funcional como a atual.”

Realidade: Os recursos de acessibilidade disponíveis atualmente já nos permitem criar sites bonitos, funcionais e acessíveis de uma só vez. Obviamente, para se obter um bom resultado é preciso conhecimento de programação e saber da importância da acessibilidade na web. Se você vai desenvolver um novo site você já tem a primeira parte, e se quer saber mais sobre acessibilidade, o Blog do Hugo está aqui para te ajudar!

Banner com fundo verde água. Na lateral direita lê-se "Torne seu site acessível em Libras com nossos tradutores virtuais" em branco. No centro há um botão retangular verde escuro e contornado de branco com o texto "Saiba mais" centralizado. Ao canto esquerdo há uma tela de computador co o botão de acessibilidade em Libras na lateral. A Maya e o Hugo, tadutores virtuais da Hand Talk, estão à frente dessa tela.

Mito V: “Vamos por partes: primeiro fazemos o site, depois fazemos acessibilidade.”

O que há por trás: Não dá para fazer tudo ao mesmo tempo, é preciso priorizar. Porém, inaugurar um prédio com escadas e depois quebrar tudo para colocar rampas não é priorização, é desperdício de tempo e recursos. E é exatamente isto que acontece com um site quando deixamos a acessibilidade para depois. Vamos ter que refazer muita coisa que já poderia estar acessível sem custos adicionais.

Medo oculto: “Não vamos conseguir fazer um site acessível com o tempo, os recursos e a equipe que temos.”

Realidade: Como acontece com qualquer tecnologia, geralmente o primeiro projeto acessível demanda um tempo e um custo maior, porque precisamos capacitar a equipe. Com o tempo, o aprendizado agiliza o processo e barateia os custos. Vale lembrar que os custos são na verdade um investimento, e que o retorno vem com a ampliação do público do seu site!

No fundo, trabalhar a acessibilidade é um exercício de quebrar preconceitos. E nada melhor do que começar com aqueles que a gente tem sobre a própria acessibilidade. Assim é bem mais fácil de trabalhar a inclusão no dia a dia, tanto nos espaços físicos quanto nos virtuais! 😉

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