Língua de Sinais: uma poderosa ferramenta na comunicação de autistas e pessoas com síndrome de down

Fundo verdes com detalhes de triângulos na mesma cor. No centro existe um círculo e a sua volta têm duas mão, duas peças de quebra cabeça e a ilustração de um DNA. Representando o texto que aborda o uso da língua de sinais por pessoas com autismo e síndrome de down.

A língua de sinais é uma estrutura linguística de modalidade espaço-visual que possui sua própria gramática, sendo completa como qualquer outra língua oral. Ela é comumente conhecida por ser utilizada por surdos e deficientes auditivos em sua comunicação. Mas você sabia que existem outros grupos que fazem uso dela? Nesse texto vamos contar quais são esses grupos e porque ela não é uma língua exclusiva da comunidade surda. Com isso, você poderá mudar sua visão sobre ela e  entender que além de rica é uma língua muito versátil e útil para diferentes pessoas. 

Língua de Sinais e Autismo

Uma característica do diagnóstico de autismo é a comunicação prejudicada. As crianças dentro do espectro autista geralmente desenvolvem a linguagem mais tarde, e a língua de sinais pode ser uma ferramenta muito valiosa para ensiná-las a se comunicarem funcionalmente. Eles podem ser feitos sem movimento ou com a mão em contato físico com a outra, ou em alguma parte do corpo, em vez de usar um sinal flutuante.

Essa forma de comunicação fornece uma indicação visual para as crianças, já que elas tendem a aprender melhor com estímulos visuais ao invés de auditivos, facilitando a lembrança da palavra que precisa para solicitar ou rotular um item. 

A linguagem e a comunicação têm menos a ver com a produção de sons e palavras e mais com a expressão de significados compartilhados com outras pessoas. Por isso, vale entender que língua e linguagem são coisas distintas e que a língua de sinais entra como grande protagonista nessas relações. 

Ainda é uma alternativa pouco divulgada, pois muitas vezes os pais temem introduzir essa forma de comunicação aos filhos, acreditando que não terão evolução em sua linguagem verbal, mas pesquisas mostram o oposto. Ela vem sendo uma facilitadora no desenvolvimento da criança, evitando que se frustre por não conseguir expressar seus desejos e sentimentos e em muitos casos a sinalização vai sendo substituída, de forma natural, conforme o repertório verbal da criança aumenta. 

Língua de Sinais e Síndrome de Down

A linguagem é uma área que também recebe bastante atenção quando falamos de crianças com síndrome de down. Isso acontece porque elas tendem a ter mais dificuldade nesta habilidade comparada a outras em desenvolvimento. 

Geralmente, pessoas com síndrome de down possuem atrasos na fala e aprendem a conversar bem mais tarde. Em alguns casos, a linguagem falada é muito impactada, fazendo com que as crianças tenham um vocabulário mais limitado. Elas costumam entender o que estão ouvindo, mas não conseguem expressar o que querem dizer verbalmente, mostrando que existem níveis diferentes entre o ouvir e o falar. Elas podem, por exemplo, usar um vocabulário apropriado para uma criança de seis anos, mas possuir as habilidades linguísticas receptivas de uma criança de oito anos.

Além disso, dificuldades de articulação geralmente estão associadas, tornando a fala difícil de ser entendida e a produção de sons pode ser inconsistente.

A perda auditiva também é muito presente em crianças com síndrome de down.   Segundo as Diretrizes de Atenção às Pessoas com Síndrome de Down do Ministério da Saúde, cerca de 75% das pessoas com a trissomia apresentarão algum grau de perda auditiva ao longo da vida. O uso da língua de sinais entra justamente como uma forma de comunicação funcional e apoio ao desenvolvimento de linguagem expressiva dessas pessoas. Como no autismo, seu uso é pouco divulgado, mas se mostra muito efetivo principalmente por parte das crianças.

Veja também:  Ferramenta de comunicação em libras

E ainda tem mais…

Além do uso da língua de sinais por surdos, deficientes auditivos, autistas e pessoas com síndrome de down, existem ainda outras pessoas que a utilizam. Algumas crianças ouvintes com paralisia cerebral podem não conseguir falar devido a falta de controle de partes do corpo necessárias para produzir a fala, e a língua de sinais oferece a elas um meio alternativo de comunicação. Pessoas com afasia, um distúrbio na fala causado em consequência de acidente vascular cerebral ou lesão cerebral, também usam como recurso a língua de sinais.

Nós sempre estimulamos as pessoas a aprenderem Libras e agora ficou ainda mais claro o quão importante é saber se comunicar por meio dela. Você se conectará não somente com pessoas pertencentes aos grupos de surdos e deficientes auditivos, mas também com autistas, pessoas com síndrome de down e distúrbios da fala que utilizam a língua de sinais. Se você quer começar a aprender hoje mesmo e entender  mais sobre esse universo, baixe nosso aplicativo!

Voltar ao topo