O Dia Nacional de Prevenção à Surdez é celebrado todo ano, em 10 de novembro. A data foi instituída pela Portaria de consolidação do Ministério da Saúde nº. 1/2017, artigo 527, como forma de luta e que tem como objetivo educar e conscientizar as pessoas sobre a saúde auditiva.
Mas antes de falarmos sobre os cuidados que se deve ter com audição, você conhece o cenário da surdez e deficiência auditiva no Brasil?
Segundo levantamento realizado pelo IBGE em 2019, cerca de 1,1% da população brasileira, ou seja, 17,3 milhões de pessoas, são surdas ou com deficiência auditiva.
Esse número vem crescendo e isso se deve, em parte, ao processo de envelhecimento. Com a expectativa de vida dos brasileiros cada vez maior, que hoje ultrapassa 75 anos e deve superar 81 anos em 2050, a estimativa é de que 2,5 bilhões de pessoas podem desenvolver surdez nos próximos 30 anos em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Apesar da incidência aumentar com a idade, grande parte desse público convive com a deficiência auditiva desde jovem. 9% das pessoas nasceram com essa condição e 91% adquiriram ao longo da vida, sendo que metade foi antes dos 50 anos e um terço desenvolveu a deficiência antes dos 34 anos.
Entendendo os números atuais e as projeções para o futuro, o que pode ser feito para prevenir ou retardar problemas auditivos?
Segundo a página Viver Bem da Unimed, parceira da Hand Talk que possui seu site acessível em Libras com o nosso plugin, acredita-se que metade de todos os casos de perda auditiva possam ser evitados. A exposição segura aos estímulos sonoros depende da intensidade, volume, duração e frequência deles.
Um nível considerado prejudicial pela Organização Mundial da Saúde, por exemplo, é quando uma pessoa fica sujeita a sons com mais de 85 decibéis (dB) durante oito horas por dia. Esse nível de 85 dB equivale, aproximadamente, ao barulho gerado quando grande parte dos alunos estão em uma sala de aula e fala ao mesmo tempo ou ainda aos ruídos de um trânsito intenso.
O contato com som alto pode levar à perda auditiva temporária ou gerar sensação de zumbido nos ouvidos. Se a exposição ocorrer frequentemente ou de forma prolongada, as células sensoriais podem danificar permanentemente, causando perda auditiva irreversível. O que a princípio pode parecer inofensivo pode provocar danos que durarão para sempre.
Além de conhecer os fatores prejudiciais à nossa saúde auditiva, é importante ter conhecimento do que pode ser feito para continuarmos nos divertindo e cuidando bem da nossa audição e mantendo uma boa qualidade de vida. Algumas dessas ações são:
Viu só? Existem diferentes maneiras de preservar a saúde auditiva. A conscientização sobre esses cuidados é fundamental não somente nessa data, Dia Nacional de Prevenção à Surdez, mas durante o ano todo. Cuide-se sempre!