
As mudanças geracionais afetam profundamente o mercado de trabalho. Os novos profissionais estão se posicionando e se expressando cada vez mais – são inquietos, curiosos e ávidos por trazer pluralismo para o dia a dia do trabalho. Mais do que nunca, temas como acessibilidade, empoderamento e diversidade são pauta dentro e fora das empresas. E com as redes sociais dando espaço para a expressão de todos, as pessoas têm tido um estímulo extra para serem quem realmente são em qualquer lugar – inclusive no trabalho.
E é isso que elas querem! Foi-se o tempo em que os talentos de uma organização tinham que se encaixar em uma fôrma. Hoje o cenário é outro e trilha um caminho sem volta. Priorizar a diversidade nas empresas não é mais uma alternativa e sim uma necessidade de um mercado que é cada vez mais global, sem fronteiras e multicultural.
Desse contexto surge uma oportunidade que se coloca também como desafio: como favorecer um ambiente de trabalho diverso e acolhedor das diferenças? E como gerir a diversidade com eficiência? Para responder a essas perguntas, precisamos olhar para o tema de diferentes ângulos!
Antes de tudo a gente precisa entender o que não é diversidade nas empresas. Tentar promovê-la sem compreender seu verdadeiro propósito pode acabar sendo um tiro no pé e transformar o que deveria ser um diferencial competitivo em um grande problema.
Trabalhar a diversidade nas empresas não é priorizar a seleção de determinados grupos de pessoas, mas considerar sem preconceitos todas as tribos. A contratação não pode apresentar vantagem apenas para uma das partes – a empresa e a pessoa contratada precisam sentir que estão agregando e recebendo valor, caso contrário a limitação de um ou outro falará mais alto em algum instante.
Ser diverso também não é contratar qualquer pessoa só para cumprir lei. É preciso ter foco no que a diversidade trará como resultado e buscar bons candidatos em diferentes lugares. Gênero, raça, cor, deficiência, sexualidade etc. não definem competência. Não podemos nos enganar e pensar que ter um time diverso e ter um time produtivo são coisas mutuamente excludentes. Afinal de contas, a diversidade traz consigo mais produtividade, inovação, qualidade e sucesso.
Por fim, diversidade não é caridade, assistencialismo ou ser politicamente correto. É trazer evolução e dinamismo para uma equipe através de culturas, trajetórias e visões de mundo diferentes.
Um líder com uma equipe homogênea, igual a si, só consegue enxergar as coisas de um mesmo ponto de vista. Isso é um grande risco, principalmente para os times que lidam com clientes, pois essa visão pode representar quase nada do que o público espera da empresa. Quando temos mais diversidade, fica mais fácil enxergar o que realmente importa, afinal as visões cobrem muito mais ângulos!
Os benefícios são inúmeros. A empresa tem um diferencial sobre a concorrência, já que as equipes mais diversas são mais criativas e inovadoras. E o que é positivo da porta para dentro também é favorável da porta para fora: a organização atinge mercados de potenciais consumidores que estavam, até o momento, fora do seu alcance. O desempenho é melhor e o crescimento é maior – seja do ponto de vista financeiro, seja do cultural.
A diversidade nas empresas contribui inclusive para o crescimento pessoal de cada funcionário, pois a exposição ao diferente cria condições para se estar aberto ao novo. Culturas se cruzam, novos hábitos são adquiridos e do confronto de ideias surgem os melhores projetos e soluções. Não se tem apenas um setor de inovação, mas áreas inovadoras em toda a empresa!
O que a gente quer te mostrar é que basta estarmos dispostos a ampliar nosso campo de visão e enxergar nas diferenças uma oportunidade para usufruir do seu potencial. Não importa de que dimensão estejamos falando: raça, credo, gênero, idade, personalidade, cultura, origem, deficiência, valores – a regra é sempre priorizar o talento (e não às escolhas pessoais), respeitar as diferenças e colher o melhor de cada um.
O primeiro passo para promover a diversidade na sua empresa é respeitar os pensamentos e as pessoas diferentes de você. A atitude precede sempre a ação. É super importante desenvolver o engajamento das lideranças para construir times diversificados e inclusivos. Líderes precisam gerar motivação e influenciar. Também, praticar a empatia, mudando a cultura das empresas e trazendo a diversidade como valor, e mais do que isso, como prática.
O processo de seleção e contratação, por exemplo, precisa ser adaptado a cada situação, respeitando as individualidades. Não dá para entrevistar uma pessoa surda não oralizada sem a presença de um intérprete de Libras, por exemplo. É preciso antecipar as necessidades de cada um e adequar o processo a elas.
Por outro lado, muitas ocasiões não devem funcionar de forma diferenciada, mas sim igualmente para todos. Pensando em recrutadores e gestores, ainda aparece em diversos lugares a crença em alguns mitos, derrubados por argumentos e comprovações.
Recomendamos que você aproveite e compartilhe esse material gratuito para abrir a mente diante de equívocos comuns que podem estar impedindo você e colegas da área de trazerem bons profissionais às equipes por falta de conhecimento.
Os preconceitos precisam ser quebrados e as sensibilizações são uma ótima forma de fazer isso. É preciso atenção: muitas vezes a diversidade já está presente, mas falta um ambiente onde as pessoas sintam-se livres e confortáveis para mostrarem quem são e o que podem fazer.
Após atrair esses talentos é preciso retê-los e gerenciar tudo isso! Não basta juntar um monte de pessoas com diferentes histórias, pensamentos e hábitos e esperar que elas ajam como boas e velhas conhecidas. É preciso criar mecanismos que facilitem a interação, a construção de relações saudáveis e de uma comunicação fluida. E o que conecta tudo isso é a presença de um objetivo comum a todos.
Os benefícios só vão vir à tona quando houver confiança entre as pessoas! E para isso, além da existência de um espaço em que todos tenham liberdade para se expressar, é essencial que haja um propósito coletivo e compartilhado. O propósito é o que guia a comunicação: as diferenças se conversam e vão concordando. Independentemente das diferenças, focar na unidade do time com o comprometimento de todos é imperativo.
As novas gerações de talentos estão cada vez mais buscando empresas que tragam um propósito para além do lucro. Para conquistar essas pessoas – tanto como funcionárias quanto consumidoras – é preciso compreendê-las em toda a sua diversidade. Apostar nisso é criar um ciclo virtuoso, trazendo benefícios para todos os lados da equação! 😀