
Os assuntos relacionados à diversidade e inclusão, também conhecido como D&I, estão cada vez mais presentes no mundo corporativo. Isso é um reflexo do crescimento dessa pauta na sociedade que ganha força através dos canais de comunicação.
Em 2023, espera-se que a questão alcance o topo das narrativas sociais, já é hora de nos unirmos para a construção de um mundo mais equitativo e respeitoso! As empresas precisarão inovar para entregar soluções que atendam todos os públicos da melhor forma possível. Mas antes de começarmos a falar sobre isso, vamos nos familiarizar com os termos:
No dicionário, diversidade significa: qualidade daquilo que é diverso, diferente, variado; variedade. Se refere à multiplicidade, ou, pluralidade cultural, biológica, étnica, linguística etc. A diversidade engloba a todas as pessoas, mas quando falamos deste conceito, nos referimos especialmente àqueles grupos sociais que por muito tempo não foram priorizados, como por exemplo, pessoas da comunidade LGBTQIA+, pessoas pretas, pessoas com deficiência e outras.
A inclusão basicamente significa incluir as pessoas que fazem parte de grupos minoritários na sociedade de forma equitativa. É sobre garantir a representatividade delas dentro de todos os meios sociais, inclusive na educação e no mercado de trabalho.
É promover ações de conscientização, disseminando informações sobre o assunto em todos os seus meios sociais. É também cobrar as lideranças para que incluam pessoas diversas em seus times. É não julgar as aparências. É quebrar essas e outras barreiras atitudinais que excluem parte da população.
As grandes empresas, ou seja, as que mais se destacam no mercado, já estão priorizando este assunto, pois além de contribuírem para uma sociedade mais justa para todas as pessoas, a forma com que se relacionam com a diversidade e inclusão reflete diretamente nos valores da marca.
Um estudo realizado pela Accenture, constatou que 62% dos consumidores preferem comprar de marcas que se preocupam com questões sociais importantes, incluindo D&I. Assim como 47% preferem não comprar das que os decepcionam com seu posicionamento sobre as mesmas questões.
Contra dados não há argumentos e já passou da hora de incluirmos essas pautas dentro das organizações, não é mesmo? Levantar essas discussões e colocá-las em prática não são mais diferenciais, mas sim uma necessidade do mercado e uma demanda constante da sociedade em que vivemos.
ESG (Environmental, Social, Governance) é a sigla em inglês que diz respeito aos cuidados ambientais, sociais e de governança das corporações. Este modelo avalia a sustentabilidade, os impactos sociais e o nível de governança corporativa.
A diversidade e inclusão está diretamente ligada às práticas ESG, pois se relaciona com os pilares Sociais (S) e de Governança (G). Ou seja, negócios diversos e inclusivos são reconhecidos de inúmeras formas, inclusive por investidores que utilizam esses critérios para avaliar o impacto e potencial sucesso de um investimento.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), também conhecido pela sigla “ODS”, servem como um guia para tratar das principais problemáticas da sociedade. Foram criados pela ONU em 2015 e fazem parte de uma agenda mundial, incluindo 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, que devem ser cumpridos até 2030.
Neste caso, a pauta de diversidade e inclusão se relaciona diretamente com o “ODS 5: Igualdade de Gênero”, e “ODS 10: Redução das Desigualdades”.
É responsabilidade de todas as empresas, e também de todas as pessoas, contribuírem com o cumprimento da agenda e consequentemente construir uma sociedade equitativa.
Um negócio que se preocupa com D&I deve fazer isso de forma integral e também aplicar estratégias internas, como por exemplo: construir uma equipe diversa, garantir representatividade nos cargos de liderança, oferecer acessibilidade para as pessoas com deficiência que fazem parte de seu time assim como para seus clientes, se comunicar de forma inclusiva, entre outras.
Para colocar em prática, reforçamos a importância de levar essa discussão para dentro das empresas e se possível desenvolver um comitê de diversidade. Isto é, uma equipe formada por colaboradores e líderes diversos que já fazem parte da organização, com o objetivo de torná-la mais plural, inclusiva e segura para todas as pessoas, através de ações e projetos que tem como objetivo a participação do maior número de pessoas possível, independente de sua condição.
Se a sua empresa não pode montar um comitê como este, ou para ajudá-los a planejar e colocar a mão na massa, confira algumas das tendências de D&I para 2023:
Nos últimos anos, houve uma mudança no comportamento social que cobra das empresas um posicionamento a respeito de seu propósito social e de inclusão. Conheça algumas das tendências de pautas para projetos nesta área ao longo do ano:
Trata-se do desenvolvimento de ações e projetos relacionados a questões de gênero, etnia, crença, diferenças regionais etc. Reconheça seus colaboradores e consumidores com diferentes características.
Uma boa dica é incluir pessoas diversas em sua comunicação, como por exemplo, pessoas pretas, pessoas com deficiência, pessoas LGBTQIA+, entre outros. Além de atrair clientes com estes perfis, você também começa a mostrar que essas pessoas são bem-vindas na hora de se candidatarem para uma vaga na sua empresa.
Deste modo você cria um círculo virtuoso de diversidade e inclusão para o seu negócio. Esse desenvolvimento interno também pode ser explorado nas comunicações externas, por exemplo.
Trabalhe a nova masculinidade, tenha cautela com a forma de retratar homens e mulheres em suas comunicações, certifique-se de ter um quadro de funcionários com representatividade feminina e também com pessoas transgênero. Não prejudique a imagem da sua marca com estereótipos ultrapassados.
Mais uma vez, isso deve ser pensado de dentro para fora da empresa. Começando por uma boa estruturação interna e a partir disso, desenvolver uma comunicação externa inclusiva para todos os gêneros.
Atente-se para a inclusão de pessoas com deficiência tanto na sua equipe, quanto com seus consumidores. A acessibilidade é um direito previsto por lei para pessoas com deficiência e é um dever de todas as organizações públicas e privadas. Este assunto ganhará ainda mais força em 2023, já que as denúncias e multas pelo descumprimento destas normas vem em uma crescente.
Por isso, uma boa dica é: ofereça as ferramentas de acessibilidade necessárias para promover autonomia para elas em sua jornada com a marca. Seja para seu time ou para clientes. É tão esperado que as organizações estejam acessíveis para as pessoas com deficiência, que a acessibilidade digital também já entrou como prioridade para os e-commerces.
Além disso, produza comunicações externas que falam diretamente com as pessoas com deficiência, que movimentam bilhões por ano. Essa é a chave para melhorar o seu relacionamento com este público!
A população está envelhecendo e com isso temos cada vez mais pessoas com habilidades tecnológicas chegando à terceira idade. Independente da faixa etária, este público apresenta comportamentos cada vez mais joviais e buscam continuar consumindo, viajando, namorando etc. Além disso, ainda representam uma parcela importante do mercado, já que muitos possuem maior estabilidade financeira e querem aproveitar a vida.
A dica é ampliar o seu atendimento e comunicação para pessoas 50, 60, 70+. Estude-os e inclua-os em sua marca. Produza produtos que conversem diretamente com eles e comunique sobre isso de maneira inteligente e certeira.
É importante contar com representatividade desses grupos não apenas na liderança destes projetos, mas também em diversos cargos da empresa. Só assim será possível garantir que decisões inclusivas estão sendo tomadas em prol da integração de todas as pessoas.
Pare nesse momento e pense na liderança da sua organização. As pessoas que estão nos cargos de gestão são diversas? Representam diferentes grupos? Se essa ainda não é uma prioridade na sua empresa, leve essa provocação para a sua equipe!
Para fechar, vale reforçar que para que as suas estratégias de diversidade e inclusão funcionem, é fundamental que exista representatividade e participação de pessoas destes grupos durante todo o processo de desenvolvimento e elaboração dos projetos, principalmente nas tomadas de decisões. As soluções devem ser pensadas por elas e para elas. Por isso, os lugares de fala devem ser respeitados para uma maior efetividade das ações.
Temos certeza que ao implementar essas dicas, sua marca colherá bons frutos ao longo do ano. Conte com o nosso blog para aprender mais sobre o assunto!