Consultor revela o valor da acessibilidade digital para as empresas

Imagem retangular na horizontal, com fundo verde-água. No centro, acompanhando o formato de um círculo lê-se em branco "Hand Talk entrevista". Dentro do círculo há um microfone de cabo preto, com o logo da Good Bros em branco no fundo, as letras "G" e "B" minúsculas. Fim da descrição.

Recentemente a gente discutiu aqui no Blog do Hugo o quanto as empresas deixam de ganhar por não apostarem na acessibilidade digital. A falta de informação e o desconhecimento do tema fazem com que muita gente não consiga enxergar o valor que existe em deixar o conteúdo dos sites acessível. E é nessas horas que muitas empresas perdem uma oportunidade enorme e não se comunicam com um mercado de mais de 17 milhões de pessoas.

A gente bateu um papo com o Rodrigo Credidio, especialista em acessibilidade digital para empresas e fundador da Good Bros, para tentar entender porque tantas organizações acabam deixando dinheiro na mesa por não investirem em acessibilidade na web. Ele contou para a gente o que faz para mostrar o valor desse mercado para seus clientes e deixou algumas dicas essenciais para quem quer deixar o seu site acessível. O resultado foi essa entrevista incrível, que você confere abaixo 😉

Ah! E o Rodrigo dividiu um pouco de toda a experiência dele conosco no nosso Webinar: Os 4 Princípios da Acessibilidade Digital, que você assiste clicando no link!

Imagem retangular, na horizontal, com fundo verse-água. no canto direito vemos as mãos rosadas e as mangas da camisa branca de alguém que mexe em um smartphone, cuja tela apresenta um player de vídeo. No centro, lê-se em branco "os 4 princípios da acessibilidade digital, webinar gratuito!", com o número 4 em destaque, com fontes maiores. No canto direito há um botão retangular de bordas arredondadas transparente, com o contorno e os texto em branco, dizendo "Assista aqui". Fim da descrição.

Hand Talk: Por que você acredita que as empresas resistem em investir em acessibilidade digital?
Rodrigo Credidio: A meu ver, são dois fatores que respondem também à pergunta de não se fazer acessibilidade arquitetônica e de não se contratar pessoas com deficiência: preconceito e/ou desconhecimento do assunto.
Existem muitas empresas que ainda confundem deficiência com ineficiência ou incompetência e, por conta disso, não vislumbram que as pessoas com deficiência são um potencial público usuários de suas marcas. E também existem empresários que não contemplam produtos ou serviços com acessibilidade por não se lembrarem ou não saberem que já somos mais de 17 milhões de brasileiros com alguma deficiência. Há quem faça expressão de surpresa quando falo que pessoas cegas acessam diariamente a internet pelo seu celular, fazem compras online e usam aplicativos de redes sociais para postar fotos e tal.
Felizmente, essa mentalidade em relação à importância da acessibilidade digital vem mudando, e para melhor. Inclusão só se faz com acessibilidade. E acessibilidade é como um novo hábito, que só se aprende praticando e com o tempo.

HT: Como você mostra o valor da acessibilidade digital para essas empresas?
RC: Geralmente apresento 8 motivos para se investir em acessibilidade. Os ganhos com imagem da marca, apesar de não serem diretamente quantificáveis, são reais. As pessoas hoje procuram por marcas com verdades, com propósitos, que defendam alguma bandeira. E a bandeira da acessibilidade é a bandeira dos direitos humanos. Quer melhor bandeira que essa? Além disso, expande-se e muito o universo de prospecção de novos usuários. O famoso funil que gera leads e depois usuários leais à marca cresce de tamanho e, consequentemente, o tamanho das oportunidade de negócios para as marcas.

HT: Você acha que a acessibilidade digital é um tema só para os desenvolvedores de site?
RC: É um tema de todos: executivos, empreendedores, agências, ONGs, programadores, designers, fornecedores, poder público etc. Liberdade de acessar e utilizar informações quando e como queira é direito de todo ser humano. E por isso o tema da acessibilidade digital tem que estar na pauta de todos.

HT: Quais dicas você daria para quem quer fazer acessibilidade digital?

RC: Bom, a primeira coisa é ter alguém que saiba bem de programação HTML 5, que a linguagem mais indicada para se fazer acessibilidade. Um outro ponto importante é dominar bem as diretrizes contidas no guia WCAG 2.0 (Web Content Accessibility Guidelines), da W3C. Lá tem tudo o que se precisa saber para se ter um conteúdo web acessível. E é imprescindível testar, testar e testar. Quando mais ferramentas forem usadas, melhor. E nunca ignorar o elemento humano. Existem softwares maravilhosos e que nos ajudam muito com a acessibilidade digital, mas nada substitui o olhar crítico e analítico do ser humano.

É diferente quando a gente aprende com quem sabe do assunto não é? Então não dê bobeira: assista agora o vídeo com Os 4 Princípios da Acessibilidade Digital, com a apresentação do Rodrigo!

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