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O Home Office veio pra ficar. E a acessibilidade, como fica?

Fundo azul com textura geométrica. No centro, a ilustração de um menino branco na cadeira de rodas, trabalhando de home office, usando fones de ouvidos. Ele está mexendo no computador, que está em uma mesa com luminária e livros. Em cima do computador, o símbolo da acessibilidade.

Muito provavelmente você já ouviu falar sobre o famoso “Home Office”, ou “trabalho remoto”, né? Mas se ainda não ou não sabe como funciona, não se preocupe, é disso que vamos contar por aqui!

Desde de 2020, com o início da pandemia da Covid-19, este é um dos assuntos mais falados no mundo corporativo, como uma solução para trabalhar e manter o isolamento social, já que permite que as pessoas realizem suas atividade de qualquer lugar, desde que tenham acesso a internet e um dispositivo portátil. E tudo indica que essa moda veio para ficar

Os benefícios do Home Office são incontáveis, mas será que esse formato de trabalho é acessível para todas as pessoas? 

A resposta infelizmente é não! É fundamental que sejam feitas todas as adaptações necessárias para a execução do trabalho remoto, levando em consideração a acessibilidade para que os profissionais com e sem deficiência exerçam com conforto as mesmas atividades que realizavam no ambiente físico de trabalho.

Pessoas com deficiência e o Home Office

Se fornecer acessibilidade para a equipe não for um dos objetivos das empresas contratantes, as pessoas com deficiência enfrentarão muitos desafios! Isso porque o ambiente digital possui inúmeras barreiras para elas

Um grande exemplo são as reuniões por videoconferências, sem a presença de intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais), que fazem com que as pessoas surdas ou deficientes auditivas, que utilizam essa língua, acabem não conseguindo participar. Assim como se não for escolhida uma plataforma de vídeochamada que seja compatível com leitores de telas, as pessoas cegas ou com baixa visão não receberão as informações visuais transmitidas por slides ou outros recursos visuais durante os encontros. 

Além disso, apesar da acessibilidade digital ser exigida por Lei, um estudo feito pelo Movimento Web para Todos, em parceria com a BigDataCorp, revelou que dos quase 17 milhões de sites ativos no Brasil, menos de 1% foi aprovado em todos os testes de acessibilidade. Ou seja, a rotina de trabalho online destas pessoas se torna um desafio ainda maior se as companhias não estiverem alertas para fornecer o auxílio necessário.  

Por outro lado, ficar em casa também pode trazer alguns benefícios e confortos. De acordo com estudo recente realizado pela Catho, 44% dos profissionais com deficiência relatam terem deixado de ir a uma entrevista presencial de emprego por dificuldades de deslocamento. As pessoas com deficiência física ou motora, que precisam de acessibilidade para a locomoção e para a realização de suas atividades com mais autonomia, podem ficar mais cômodas em seus lares, que provavelmente já contam com os recursos que estão habituadas. Ademais, muitas empresas não possuem acessibilidade arquitetônica para recebê-las em suas estruturas físicas, principalmente quando se trata de empresas de pequeno e médio porte, o que dificultava a contratação. Com a expansão deste novo formato de trabalho abriram-se muitas portas e oportunidades, o que fez crescer o número de contratações das mesmas.

Como reduzir os impactos negativos do Home Office?

Bom, existem boas práticas para isso. O contratante deve fornecer algumas soluções de acessibilidade, seja ela digital, instrumental ou arquitetônica. Variando de acordo com a necessidade. Aqui vão algumas, como por exemplo: 

  • Garantir que a empresa esteja utilizando canais de comunicação compatíveis com leitores de tela, que são softwares que convertem textos em áudios, permitindo que as pessoas cegas ou com baixa visão possam captar as informações visuais. O Zoom possui recursos de acessibilidade bem avaliados para este quesito;
  • Fornecer equipamentos e aparelhos de adaptação para uso do mouse, teclado, ou navegador, possibilitando que as pessoas com paralisia cerebral ou deficiência motora possam utilizar os dispositivos com independência;
  • Garantir a disponibilidade de intérprete de Libras ou legendas durante as videoconferências, tornando as chamadas acessíveis para as pessoas surdas ou com deficiência auditiva;
  • Adotar reuniões diárias conhecidas como “dailys”, para acompanhamento das atividades realizadas por essas pessoas e verificar se é possível tornar o seu trabalho mais acessível;
  • Coletar com frequência os feedbacks das pessoas com deficiência para a construção de um modelo de trabalho que atendam as suas necessidades. “Nada sobre nós sem nós”. Por isso, é importante que essas pessoas digam seus reais desafios na execução de suas tarefas e não que a empresa diga o que é melhor para elas.
  • Exigir das empresas que seus websites cumpram com as leis de acessibilidade digital.

Em um mundo que está em constante transformação e onde o trabalho remoto é algo cada vez mais comum, priorizar a acessibilidade digital é algo urgente para quebrar as mais diversas barreiras existentes  e garantir a inclusão de pessoas com deficiência. 

A sua organização pode adotar esses passos e muitos outros para um ambiente de trabalho cada vez mais saudável aos seus colaboradores. 

E pensando da porta para fora existem diferentes soluções que contribuem na construção de uma web mais acessível, conheça o Hand Talk Plugin, uma solução de tradução em Libras, que através dos simpáticos tradutores virtuais Hugo e Maya, tornam os conteúdos dos sites acessíveis para as pessoas que se comunicam por meio da Língua Brasileira de Sinais. 

Fundo azul. Está escrito em branco "Os maiores equívocos dos gestores na contratação de PCDs. No canto direito, um botão verde escrito "baixe o e-book gratis"
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