Antes de falarmos sobre o WCAG 2.2, precisamos dar um passo para trás, e entender o que essa sigla significa. O WCAG remete às Diretrizes de Acessibilidade de Conteúdo da Web, ou Web Content Accessibility Guidelines em inglês. Elas foram propostas pelo W3C, o Consórcio World Wide Web.
O W3C é uma comunidade internacional, composta por organizações membro, uma equipe de funcionários, e o público da Web que se interessa pelo assunto. Juntos, eles desenvolvem padrões a serem seguidos dentro da internet. Sua missão é fazer com que a Web atinja seu potencial máximo.
Basicamente, elas são um guia para que todos os sites na web cumpram com padrões mínimos de acessibilidade digital. As diretrizes são muito úteis, e merecem sua devida atenção. Com elas, conseguimos ter um direcionamento melhor e saber quais os caminhos ideais a serem seguidos para construir um site acessível.
A acessibilidade digital abrange um público enorme de pessoas. Por conta disso, várias medidas diferentes devem ser levadas em consideração para atender todas elas. Por exemplo, enquanto pessoas cegas necessitam de descrições alternativas em vídeos e imagens, pessoas surdas com deficiência auditiva podem precisar da tradução do conteúdo para Línguas de Sinais. Ainda é preciso pensar nas pessoas daltônicas, e garantir um bom contraste no seu site. Além disso, temos as pessoas com mobilidade reduzida, que dependem de uma boa navegação por teclado para usar a web. Sendo assim, o WCAG é um documento bastante extenso e técnico, mas vamos te ajudar a entendê-lo da melhor maneira possível!
Sua primeira versão, chamada de WCAG 1.0, foi lançada em 1999. Já faz bastante tempo, não é mesmo? Da mesma forma, faz tempo que existem pessoas lutando para a inclusão e acessibilidade em todos os espaços 😉
Em 2008, as diretrizes foram reformuladas, dando espaço para o WCAG 2.0, que já explicamos sobre aqui no blog. Em seguida, em 2018, houve uma nova atualização chamada WCAG 2.1. A mais nova versão teve seu rascunho escrito em 2021, com o nome de WCAG 2.2, e é nela que vamos nos aprofundar!
O objetivo da nova versão é dar continuidade às versões anteriores, melhorando as recomendações de acessibilidade para três principais grupos: pessoas usuárias com deficiências cognitivas ou dificuldade de aprendizagem, com baixa visão e com deficiências em dispositivos móveis. Vale ressaltar que os sites que estavam seguindo o WCAG 2.0 e 2.1 vão continuar estando de acordo com as novas diretrizes.
Antes de falarmos sobre os novos critérios de sucesso sugeridos pelo WCAG 2.2, é importante explicarmos que eles são divididos em níveis de conformidade: A, AA e AAA. No Nível A encontramos critérios mais simples, que representam as barreiras mais significativas de acessibilidade. Já o nível AA, garante acesso à grande maioria dos conteúdos. Por fim, as recomendações do nível AAA, são um refinamento das anteriores, sendo especificações mais detalhadas e que trazem um nível mais sofisticado de acessibilidade.
Sem mais delongas, aqui você pode conferir quais são os novos critérios de sucesso do WCAG 2.2:
Além dos novos critérios, existem diversas outras recomendações que você encontra nas novas Diretrizes de Acessibilidade de Conteúdo da Web 2.2. O documento oficial está disponível apenas em inglês no momento. Ele deve ser traduzido para português quando se tornar uma recomendação oficial do W3C. Isso significa que será quando o documento já estará estável e não deve sofrer mais mudanças.
Bom, falamos bastante sobre como deixar seu site mais acessível para as pessoas com deficiência, seguindo as últimas normas e recomendações internacionais. Pode parecer muita coisa de uma só vez, mas não precisa se desesperar! Temos vários conteúdos no nosso blog com dicas de acessibilidade na web, então não fique de fora e aprenda a ficar em conformidade com as novas diretrizes 😎