Quem acompanha os conteúdos aqui do blog, sabe que não é de hoje que a gente levanta a bandeira da acessibilidade em todos os espaços – sejam eles físicos ou virtuais. Um ambiente inclusivo é aquele que permite que todas as pessoas, com deficiência ou não, tenham autonomia para realizar suas tarefas no dia a dia. E acessibilidade é um requisito fundamental para que isso aconteça.
Nesse contexto, cada vez mais as empresas estão passando a enxergar a necessidade de se adequar à diversidade do seu público, incluindo um projeto de acessibilidade no seu planejamento. Pensar na acessibilidade desde o começo é mais fácil e barato na hora da implementação, podendo chegar a 0,2% dos gastos totais. Mas, calma, se você não conseguiu fazer as adaptações logo no começo, nunca é tarde demais! Nesse momento, o importante é dar o primeiro passo.
Mas acessibilidade não são só rampas de acesso, viu!? Sim, elas são extremamente importantes, mas não são tudo! Se você estiver meio em dúvida e não sabe como começar o seu projeto, uma boa dica é procurar uma consultoria de acessibilidade, que vai analisar e dizer o que pode ser mudado e o que é mais importante fazer. A gente sabe que nesse momento muitas perguntas podem surgir, pensando nisso, a gente separou as informações básicas para elaboração de um projeto de acessibilidade. Vamos lá!?
Segundo o Decreto 5.296, toda edificação deve estar adaptada seguindo o design universal, ou seja, quebrar as barreiras nos espaços físicos a fim de garantir que pessoas que usam cadeiras de roda ou tem mobilidade reduzida possam circular numa boa. Pensando nisso, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) lançou uma série de padrões, como largura das portas, espaço entre mesas, rampas de acesso, elevadores etc.
Ao caminhar por locais públicos, você já deve ter reparado em umas faixas em alto-relevo no chão. Esse é o piso tátil. Ele serve para orientar as pessoas cegas ou com deficiência visual nos espaços. Mas o piso tátil não pode ser feito de qualquer jeito, viu!? Existe um padrão que sinaliza obstáculos e direciona as pessoas cegas possibilitando que elas se locomovam sozinhas com segurança e autonomia.
Fazer um pedido em um restaurante ou comprar um produto na internet parecem tarefas bem simples, mas para algumas pessoas não são. Isso acontece devido às barreiras na comunicação que existem no dia a dia. Acontece, por exemplo, quando uma pessoa surda que usa a Libras para se comunicar vai a uma palestra que não possui intérprete. Acontece quando uma pessoa cega acessa um site e as imagens não possuem descrição. Por isso, na hora de desenvolver o seu projeto, não se esqueça de incluir acessibilidade comunicacional!
Mas como fazer isso? Calma que a gente te explica!
Se a sua empresa tiver um site, por exemplo, é legal garantir que todas as imagens possuam texto alternativo, assim os leitores de tela conseguem identificar o seu conteúdo e descrevê-las para quem o utiliza. Sites também devem estar acessíveis em Libras. Muitas pessoas surdas são alfabetizadas em Língua de Sinais, por isso, muitas vezes, não compreendem bem o português e dependem dela para se comunicar. Quando o assunto é redes sociais, você pode utilizar a hashtag #PraCegoVer na hora de descrever as imagens, e sempre que possível adicione vídeos com legenda e tradução para Libras.
Saindo do ambiente digital, existem outros pontos para adicionar a esse checklist: tenha versões alternativas dos materiais importantes em braille. Isso ajuda e muito as pessoas cegas. Se sua empresa for um restaurante, por exemplo, e disponibilizar cardápios em braille, os seus clientes cegos conseguirão lê-los e realizar seu pedido com autonomia. Também não se esqueça das placas de sinalização em braille. Já pensou que mico entrar no banheiro errado porque a placa estava apagada? Sem as placas em Braille, você pode envolver as pessoas nesse tipo de situação.
Por fim, fique atento, essas barreiras podem não estar só na internet e nos espaços físicos, mas também podem estar com a gente, viu!? Imagina só quando você for conversar com uma pessoa surda que se comunica em Libras, mas você não sabe nada da língua. A comunicação entre vocês vai ficar comprometida, não é mesmo!? Busque sempre ter alguém no seu time que saiba pelo menos o básico de Libras e promova ações de incentivo para que todos possam aprender 😍
Mas ainda existe mais um tipo de acessibilidade? Sim, eu juro que essa é a última! 😂😂
Acessibilidade atitudinal está relacionada às atitudes de cada ser humaninho. Quando se trata de uma organização, significa ter uma equipe inclusiva e empática, compartilhando um espaço onde todo mundo possa conviver e interagir na paz e amor. Para quebrar essa barreira, crie momentos de sensibilização, estruture programas com palestras e workshops, onde as pessoas com deficiência possam compartilhar suas vivências com toda equipe.
Agora você já sabe tudo o que precisa saber para dar o pontapé inicial no seu projeto de acessibilidade. Pensando nisso, a gente também separou 5 dicas para investir em acessibilidade que vão te ajudar muito nesse momento.