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Conheça as novas diretrizes de acessibilidade COGA

Capa do artigo sobre as novas diretrizes de acessibilidade COGA. Fundo azul escuro. No centro, uma ilustração da Maya segurando uma prancheta e um lápis. Ao lado dela, a ilustração de um computador com o ícone da acessibilidade acima dele. Em um quadrado amarelo ao lado está escrito "COGA".

Se você está lendo este artigo é porque já sabe que a acessibilidade na web é uma preocupação que vem crescendo cada vez mais na nossa sociedade. Sendo assim, a inclusão digital se torna cada vez mais essencial. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, existem por volta de 200 milhões de pessoas no mundo que possuem uma deficiência intelectual ou cognitiva. Isso representa de 1% a 3% da população mundial. Você imaginava que esse número seria maior ou menor?

Dentro desse contexto, as diretrizes de acessibilidade COGA (Cognitive and Learning Disabilities Accessibility Task Force ou Força Tarefa de Acessibilidade para Deficiências Cognitivas e de Aprendizagem) surgem como uma abordagem super importante para tornar a web acessível para pessoas com deficiências cognitivas e de aprendizagem. 

Como o próprio nome diz, a COGA é uma força tarefa do WCAG (Web Content Accessibility Guidelines ou Diretrizes de Acessibilidade de Conteúdo da Web), trabalhando para garantir que a experiência online seja inclusiva para todas as pessoas, independentemente de suas capacidades cognitivas.

Quer saber mais sobre o que é a COGA e quais são os seus objetivos? Então continue nos acompanhando por aqui!

O que são as Diretrizes de Acessibilidade de Conteúdo da Web?

As Diretrizes de Acessibilidade de Conteúdo da Web, conhecidas como WCAG (Web Content Accessibility Guidelines), são um conjunto de princípios e recomendações estabelecidos pelo World Wide Web Consortium (W3C). Essas diretrizes buscam garantir que o conteúdo online seja acessível a todas as pessoas, independentemente de suas habilidades físicas, sensoriais ou cognitivas.

O WCAG define critérios de sucesso e fornece orientações técnicas para profissionais que trabalham com desenvolvimento na web, design e criação de conteúdo, buscando tornar o mundo digital mais inclusivo. As diretrizes abrangem diversos aspectos e são divididas em quatro princípios fundamentais: perceptível, operável, compreensível e robusto.

Agora que você já entende um pouquinho melhor sobre o que é o WCAG, podemos nos aprofundar no que é a COGA. Vamos lá!

O que é a Força Tarefa COGA?

Como falamos ali em cima, você já sabe que a Força Tarefa COGA se refere às diretrizes de acessibilidade para deficiências cognitivas e de aprendizagem. Mas o que isso significa?

Bom, para começar, ela é um complemento ao WCAG. A força tarefa foca em desenvolver técnicas, conhecimentos e diretrizes, assim como atualizações de materiais já existentes do W3C que se referem à esfera cognitiva. A sua principal missão é tornar o conteúdo na web utilizável e acessível para pessoas com deficiências cognitivas e de aprendizagem

Ah, vale dizer que todos esses documentos e materiais que estão sendo produzidos ainda estão em fase de rascunho. Ou seja, como não chegaram na sua versão final, podem continuar sendo editados e atualizados a qualquer momento.

Por que as diretrizes de acessibilidade COGA foram criadas?

Assim como o WCAG, as diretrizes de acessibilidade COGA foram feitas para pessoas que desenvolvem conteúdo, páginas e aplicativos da web. Elas fornecem orientações sobre como tornar o conteúdo utilizável para pessoas com deficiências cognitivas e de aprendizagem, incluindo deficiências intelectuais e neurodiversidade.

Aqui estão algumas das suas principais contribuições até agora:

  • Desenvolver propostas de critérios de sucesso para o WCAG;
  • Desenvolver um guia para acessibilidade cognitiva e análise de pontos a serem melhorados;
  • Revisar técnicas já existentes e propor novos recursos onde necessário;
  • Desenvolver pesquisas de pessoas usuárias em relação a acessibilidade cognitiva para servir como um repositório de estudos sobre deficiências e cognição;
  • Fazer previsões de para qual direção a tecnologia relacionada ao tema deve se desenvolver.

Quais são os objetivos da Força Tarefa COGA?

Além de produzir um material de pesquisa super importante, a COGA tem como principal destaque a formulação de 8 objetivos para alcançar uma web mais acessível para pessoas com deficiências cognitivas e dificuldades de aprendizagem

Você pode encontrar todos eles no documento oficial da Força Tarefa COGA, mas se preferir, vamos falar um pouco mais no detalhe a seguir sobre quais são eles e dar dicas de como adaptar o seu site e conteúdo para atingi-los.

1. Ajudar pessoas usuárias a entender o que as coisas são e como usá-las

Utilize ícones, símbolos, termos e padrões de design que já sejam familiares às pessoas usuárias, para que elas não precisem aprender novos. Pessoas com deficiências cognitivas e de aprendizagem frequentemente necessitam de padrões comuns de comportamento e design. Por exemplo, utilize a convenção padrão para hiperlinks (sublinhado e azul para não visitados; roxo para visitados).

2. Ajudar pessoas usuárias a encontrar o que precisam

Facilite a navegação no sistema. Utilize um layout claro e fácil de seguir, com indicações visuais, como ícones. Títulos claros, limites e regiões também ajudam as pessoas a entender o design da página.

3. Optar por conteúdos claros (texto, imagens e vídeos)

Isso envolve palavras simples, frases curtas e blocos de texto, imagens claras e vídeos fáceis de entender.

4. Ajudar pessoas usuárias a não cometer erros

Um bom design torna os erros menos prováveis. Peça às pessoas usuárias apenas o que você precisa! Mesmo se erros ainda acontecerem, facilite para elas corrigi-los.

5. Ajudar pessoas usuárias a focar

Evite distrair a pessoa usuária de suas tarefas. Se ela se distrair, títulos e trilhas de navegação podem ajudar a orientá-la e restaurar o contexto perdido. Fornecer trilhas de navegação vinculadas pode ajudar a pessoa usuária a desfazer erros.

6. Garantir que a realização de processos não dependa de memória

Barreiras de memória impedem pessoas com deficiências cognitivas de usar o conteúdo. Isso inclui senhas longas para fazer login e menus de voz que envolvem lembrar um número ou termo específico. Certifique-se de oferecer uma opção mais fácil para pessoas que precisam dela.

7. Oferecer ajuda e suporte

Isso inclui: facilitar o acesso a ajuda humana. Se as pessoas usuárias tiverem dificuldade em enviar feedback, você nunca saberá se conseguem usar o seu conteúdo ou quando estão enfrentando problemas. 

Além disso, ofereça diferentes maneiras de compreender o conteúdo. Gráficos, resumos de documentos longos, adição de ícones a títulos e links, e alternativas para números são todos exemplos de ajuda e suporte adicionais.

8. Garantir que seu site possa ser adaptado e personalizado

Pessoas com deficiências cognitivas e de aprendizagem frequentemente utilizam complementos ou extensões como tecnologia assistiva. Às vezes, ao ter a possibilidade de personalização selecionando as opções preferidas a partir de um conjunto de alternativas, o esforço por parte da pessoa usuária é menor, e sua experiência é melhor. 

Outra recomendação: não desative complementos e extensões! Às vezes, as pessoas usuárias podem receber suporte adicional por meio da personalização.

Dica extra: testar com pessoas usuárias reais!

Inclua pessoas com deficiências cognitivas e de aprendizagem no processo de pesquisa, design e desenvolvimento do seu produto ou serviço. Elas são especialistas no que funciona para elas

Isso inclui a participação de pessoas com deficiências cognitivas e de aprendizagem em grupos de foco de pesquisa, testes de usabilidade e nas próprias equipes de design e pesquisa.

Qual é a importância da web estar acessível para pessoas com deficiências cognitivas e de aprendizagem?

Ter uma web acessível para todas as pessoas, inclusive aquelas com deficiências cognitivas e de aprendizagem, é essencial para promover a inclusão digital e garantir que todo mundo tenha igualdade de acesso às informações e serviços online

Ainda, ao ter acesso ao universo digital, essa parcela da população também poderá ter melhores chances de inclusão no mercado de trabalho, com mais independência e autonomia. 

Além do que, garantir uma web acessível para pessoas com deficiência, também melhora a experiência da pessoa usuária no geral, o que acaba beneficiando o seu negócio.

Conclusão

Em um mundo cada vez mais digital em que devemos continuamente trabalhar para a construção de uma web verdadeiramente inclusiva, a COGA se torna uma peça essencial desse quebra-cabeça, trabalhando para criar uma web acessível para todas as pessoas.

Quer contribuir com essa missão e deixar o seu site mais acessível? Você pode começar pelo Hand Talk Plugin! Ele é uma ferramenta de acessibilidade digital que traduz automaticamente todo o conteúdo das suas páginas para a Língua Brasileira de Sinais, além de contar com recursos assistivos voltados para pessoas com deficiências cognitivas e dificuldades de aprendizagem. 

Ah, este texto é baseado no material disponibilizado pela Força Tarefa COGA, então caso você prefira acessar o material completo, é só entrar no site oficial da força tarefa!

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