Quatro lições que o Link, Festival Digital de Acessibilidade, nos ensinou para um futuro mais inclusivo

O Link, maior Festival Digital de Acessibilidade da América Latina, chegou na sua 7ª edição em 2024! Ocorrido em 7 e 8 de agosto, o evento transmitido online para todo o Brasil e com presença física de convidados, produzido por nós da Hand Talk, visa abordar a importância e as tendências da tecnologia, diversidade e inclusão digitais.

Apresentado por Roberto Castejon (Hand Talker e criador de conteúdo da comunidade surda) e Eduardo Victor (criador de conteúdo e midiólogo), o Festival foi patrocinado pelo Google, pela Secretaria de Estado de Ciência, da Tecnologia e da Inovação de Alagoas e pela Claro, com apoios da Tambor, Catuaí Conteúdos Especiais, Pine PR, Tudo é Acessibilidade, Facedoor e ESG Inside. 

Foram dezenas de painéis apresentados por especialistas e convidados sobre assuntos importantes para empresas e sociedade em geral, integrados aos temas Tecnologia, Comunicação & Marketing e Gente & Diversidade. Foram também exibidas apresentações artísticas — inclusive do Big Ocean, primeira banda de K-pop composta por integrantes com deficiência auditiva.

Durante a celebração, contamos, ainda, com o Prêmio Líderes em Acessibilidade, que reconhece iniciativas de pessoas e empresas que transformam a sociedade (você pode consultar os vencedores e vencedoras aqui.  A cerimônia contou contou com a presença da criadora de conteúdo Stephanie Marques,

Foto demonstra pessoas sorrindo para a câmera, com público do Link atrás. Roberto Castejon, Eduardo Victor, Clodoaldo Silva e Ronaldo Tenório estão em destaque, abraçados e sorrindo.
Foto demonstra pessoas em cima do palco do Link. Três pessoas estão sentadas em cadeiras, e a intérprete de libras está em pé.
Foto demonstra Roberto Castejon, Stephanie Marques e Ricieri Palha. Roberto e Ricieri estão sentados, e Stephanie está em pé, no meio deles.
Foto demonstra pessoas sentadas na plateia do Link

Ufa! O Link 2024 foi uma oportunidade única de ensinamentos e troca de conhecimentos. Para celebrar esse evento incrível, trazemos quatro lições que o Link nos ensinou — e continua nos ensinando — para trilhar a jornada da acessibilidade, juntos.

Cada pessoa com deficiência é única, com particularidades, necessidades e desejos diferentes. 

Este tema foi bastante abordado nos painéis do Festival, inclusive sobre a inserção de PCDs na publicidade, como na palestra “Será que a publicidade reflete a diversidade da sociedade?”, que contou com as criadores de conteúdo Ana Clara Moniz e Letícia Fabri, e o Fundador e CEO da Tambor Vitor Bastos.

Ana Clara Moniz, por exemplo, ao falar sobre como as marcas podem utilizar a representatividade de PCDs, comenta: “por mais que eu e Letícia (Fabbri) sejamos pessoas com deficiência, a gente tem vivências diferentes, tanto culturais quanto sociais. A gente tem gostos diferentes, conteúdos diferentes, a gente tem até deficiências diferentes. (…) Acho que é legal a marca não chamar somente uma pessoa com deficiência, porque ela vai ter um olhar. Se você tem mais pessoas com deficiência participando, vai ter olhares diferentes, e isso é muito legal”.

Já no painel “Maneiras simples de criar jornadas acessíveis com foco em UX”, a CEO da Unistosck Marcia Barreto fala sobre o “CripFace”, prática onde pessoas sem deficiência retratam pessoas com deficiência em publicidades e filmes, normalmente com incorreções e retirando a oportunidade de alguém PCD estar sendo verdadeiramente contemplado. 

Intencionalidade é a palavra-chave. Existem diversos tipos de acessibilidade: arquitetônica, metodológica, programática, instrumental, atitudinal, dentre outras — confira todas acessando esse artigo completomas nenhuma delas é suficiente se não for, de fato, intencional. 

No painel “A Acessibilidade e a Inclusão podem ser estratégias lucrativas para as empresas?”, conduzido pelo Sócio e COO da Egalite Djalma Scartezini e pela Consultora de DE&I e CEO da Talento Incluir Katya Helmerijk, Katya comenta: “Quando a gente fala para as pessoas colocarem acessibilidade, não é só cumprir a NBR 9050, é escutar as pessoas e perguntar: ‘O que é bom para você? O que funciona para você? O que faz sentido para você? A gente está muito mais (inclinado para) uma adaptação razoável do que para cumprir toda norma técnica que talvez não atenda necessidades de ninguém”.

Ou seja, a inclusão e a acessibilidades precisam ser, de fato, um valor e um movimento dentro das empresas. 

Inspirados no painel citado acima, sim, a acessibilidade e a inclusão também são estratégicas para o negócio. Essa lição a gente já aprendeu (saiba mais no artigo “Quanto a sua empresa perde ao não investir em acessibilidade?”, mas não custa enfatizar!

Um estudo divulgado pela Accenture em novembro de 2023 constata que empresas que incluem PCDs superam outras empresas financeiramente. Este é só um dos resultados benéficos de promover uma estratégia de inclusão. 

Confira também: Tradutora de libras

Última lição, porém não menos importante! Em um mundo cada vez mais conectado, as ferramentas assistivas (ou seja, ferramentas que auxiliam na realização de tarefas) precisam estar em sites, plataformas, e até mesmo na palma da mão de pessoas com e sem deficiência. 

Nós da Hand Talk levantamos essa bandeira — inclusive, oferecemos recursos assistivos ao público interno e externo de empresas! Conheça as soluções no nosso site. 

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