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Acessibilidade na área da saúde: o que é e quais os desafios?

A Maya está com trajes de enfermeira com os braços cruzados. Ao redor dela estão os ícones da acessibilidade e Línguas de Sinais

O conceito de acessibilidade é fundamental para a nossa sociedade atual. Apesar de já termos muitas conquistas para melhorar as condições dos nossos espaços físicos e ambientes virtuais, ainda existe uma demanda importantíssima na adaptação de locais de prestação de serviços de saúde. Para isso, é preciso considerar todos os tipos de acessibilidade.

Se você quer saber mais sobre o assunto e entender tudo o que é crucial para manter os serviços de saúde cada vez mais acessíveis à diversidade da população, está no lugar certo. Então, vamos logo ao que interessa e aproveite as informações!

Quais os principais tipos de acessibilidade?

Vamos conferir alguns tipos de acessibilidade que são fundamentais a todas as pessoas com deficiência? Continue acompanhando!

Acessibilidade atitudinal

A acessibilidade atitudinal é aquela que reúne todos os aspectos que possam envolver estigmas, estereótipos e os consequentes preconceitos decorrentes deles. Referir-se a alguém como “deficiente” ou tratar uma pessoa com deficiência como coitada são alguns exemplos da falta de acessibilidade atitudinal.

Acessibilidade arquitetônica

A acessibilidade arquitetônica diz respeito às características que um espaço físico precisa ter para que as pessoas consigam transitar e utilizar todos os recursos do local. Inclui rampas, elevadores, pisos táteis e assim por diante.

Acessibilidade metodológica

Quando nos referimos a aprendizado e ensino, também precisamos considerar a acessibilidade metodológica, que nada mais é do que adaptar a maneira de realizar atividades didáticas, para que estudantes com deficiência possam aprender. É fundamental nos casos de estudantes com alguma deficiência visual ou auditiva, mas também com quem tem transtorno do espectro autista, por exemplo.

Acessibilidade programática

Aqui, a acessibilidade se volta a políticas, normas, legislação e regimentos que garantam que as necessidades das pessoas com deficiência sejam atendidas. Nesse caso, a ideia é garantir que a pessoa possa recorrer a um instrumento legal caso a instituição não atenda às exigências de acessibilidade.

Acessibilidade instrumental

A acessibilidade instrumental é tudo aquilo que proporciona à pessoa com deficiência algum recurso que ajude a quebrar uma barreira. Um exemplo disso é a disponibilidade de softwares de leitor, que são usados na tela do computador, seja em escolas, empresas ou qualquer outro local.

Acessibilidade nos transportes

Fundamental para quem tem a mobilidade reduzida, a acessibilidade nos transportes é o que possibilita que pessoas com deficiência consigam se deslocar com mais facilidade (e de maneira mais independente) entre locais da cidade, por exemplo. É particularmente importante nos transportes públicos.

Acessibilidade nas comunicações

A comunicação é a capacidade de emitir e entender uma mensagem com clareza. Isso pode ocorrer de inúmeras formas que extrapolam a verbal e a escrita. As Línguas de Sinais são um exemplo nítido disso, mas ainda é importante que sejam naturalizados o uso de audiodescrição, orientações em braile e a contratação de intérpretes em eventos, por exemplo.

Acessibilidade digital

No digital, a acessibilidade é igualmente importante, já que milhões de usuários estão ativos nas redes todos os dias, mas pouquíssimos canais investem neste quesito. Para otimizar as páginas, é preciso contar com tecnologias assistivas que permitam às pessoas navegar com autonomia.

Inclusive, é muito importante que um site da área da saúde esteja acessível a todos os públicos. Por isso, é fundamental o uso de recursos como:

Também é preciso ficar atento às Diretrizes de Acessibilidade para o Conteúdo da Web (WCAG).

Acessibilidade natural

A acessibilidade natural é a que permite que uma pessoa cadeirante, por exemplo, consiga chegar até a areia da praia ou acessar o mar. Também é ela que possibilita pensar em espaços naturais com alternativas para pessoas com deficiência.

O que é acessibilidade na área da saúde?

A acessibilidade é o cuidado de incluir as necessidades de pessoas com deficiência em todas as atividades que são ofertadas à população. Isso significa adaptar espaços físicos, ambientes virtuais, modelos de comunicação e tudo o que for preciso para que ela tenha autonomia e independência ao utilizar serviços, produtos e informações. É importante lembrar que a acessibilidade não beneficia apenas pessoas com deficiências congênitas, mas as adquiridas e transitórias também. 

Na área da saúde, não é diferente. A acessibilidade confere à pessoa com deficiência a possibilidade de usufruir com autonomia de absolutamente todos os recursos ofertados à população, sem que ela necessite de apoio ou acompanhamento de uma pessoa sem deficiência, por exemplo.

Qual é a diferença entre acesso e acessibilidade na saúde?

De acordo com um estudo que fala sobre o assunto, o acesso à saúde significa a condição que uma pessoa tem de entrar em um local que presta esse tipo de serviço, buscando atendimento para eventuais problemas. Isso deve considerar a localização do ponto de atendimento, a disponibilidade de horários e a possibilidade de ser atendido sem um agendamento prévio, por exemplo.

a acessibilidade se refere ao ajuste das condições dos recursos ofertados, para que toda a população possa receber assistência sem quaisquer obstáculos que impeçam isso — sejam eles físicos ou de comunicação. Isso inclui principalmente adaptações que possibilitem que pessoas com deficiência possam entrar no posto de saúde, comunicar seu problema de forma efetiva e ser atendida de forma íntegra.

Quais são os fatores que influenciam a acessibilidade aos serviços de saúde?

Entre os principais exemplos do que pode influenciar a acessibilidade aos serviços de saúde estão:

  • Reserva de vagas no estacionamento;
  • Acesso livre de barreiras arquitetônicas;
  • Rampas para acessibilidade;
  • Presença de corrimãos;
  • Presença de banheiros acessíveis;
  • Espaço suficiente para a movimentação;
  • Corredores amplos;
  • Local para posicionamento na sala de espera;
  • Acesso na cabine do elevador;
  • Particularidades dos elevadores;
  • Piso tátil;
  • Particularidades nos pisos;
  • Consultórios amplos e com possibilidade de mobilidade.

Qual o papel da humanização do profissional da saúde em relação à acessibilidade?

Já no caso dos atendimentos prestados por profissionais de saúde a acessibilidade depende de:

  • Uso dos termos certos para se referir aos pacientes com deficiência, e não “deficientes”;
  • Respeito às eventuais limitações e dificuldades físicas ou cognitivas do paciente;
  • Atenção às exigências e particularidades, não apenas de acordo com a deficiência, mas com o indivíduo;
  • Treinamento e capacitação da equipe, tanto no que tange os cuidados quanto à comunicação;
  • Qualificação profissional para promover respeito, igualdade e inclusão.

Como atender o paciente com deficiência?

Atender o paciente com deficiência exige todos os cuidados destinados a qualquer paciente. Porém, além disso, é fundamental garantir a segurança e inclusão dessas pessoas, para que a assistência de saúde se torne verdadeiramente satisfatória.

Isso demanda que os profissionais estejam sempre atentos às exigências e respeitem os principais direitos das pessoas com deficiência. No entanto, essa atenção não deve representar um atendimento engessado e nem rígido por parte dos profissionais.

Usar a criatividade é uma excelente maneira de atender a esse público com maestria. Quer um exemplo? Que tal se, em vez de ter uma pessoa na equipe que entenda Libras, a Língua Brasileira de Sinais, e traduza as conversas, você treinar todos os profissionais para se comunicarem dessa forma?

A qualificação dos profissionais é o que vai fazer a diferença na experiência do paciente. Se todos os membros da equipe conseguirem agir com naturalidade e flexibilidade quanto às diferentes deficiências, as interações se tornarão mais espontâneas e confortáveis. Além disso, é de extrema importância que a equipe esteja livre de qualquer tipo de viés capacitista para atender esse público. 

Os tipos de acessibilidade não são um bônus aos pacientes. São um direito básico que todos eles têm e que a instituição precisa atender. Isso está relacionado à inclusão, mas principalmente ao respeito e à humanização nas relações entre profissionais de saúde e pacientes!

Conclusão

Você já parou para reparar se o consultório médico que você frequenta é acessível? Sabe quantas pessoas se comunicam em Libras no posto de saúde perto da sua casa? Conhece caminhos acessíveis para se locomover dentro do último hospital que você foi?

Essas são perguntas que talvez a maioria das pessoas não saiba responder, mas são preocupações constantes das pessoas com deficiência quando precisam recorrer a um serviço de saúde. Então que tal começar a tornar a área da saúde um espaço com mais acessibilidade? Você pode dar o primeiro passo com o Hand Talk Plugin, um tradutor automático para Libras que torna a comunicação do seu site acessível para as pessoas da comunidade surda. Fale com especialistas da Hand Talk e saiba mais!

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